Forte da Praia da Consolação, Peniche
Forte da Praia da Consolação, Peniche
O Forte da Praia da Consolação, também designado Forte de Nossa Senhora da Consolação, foi construído no contexto da Guerra da Restauração da Independência (1640-1656), altura em que Portugal procurava defender-se das investidas para a reconquista da soberania espanhola em solo português (1580-1640).
O Forte foi construído por iniciativa do 6º Conde da Atouguia, D. Jerónimo de Ataíde, entre 1641 e 1645, logo após a Restauração da Independência Nacional, constituindo-se como um complemento para reforçar a defesa da Praça-Forte de Peniche.
Este sistema defensivo tinha três posições estratégicas – as Berlengas com o Forte de São João Baptista, Peniche com o respectivo Forte de Peniche e Atouguia da Baleia com o Forte da Praia da Consolação, tendo sido uma das principais fortificação costeiras nacionais daquela época.
O Forte da Praia da Consolação foi sendo remodelado ao longo dos séculos, e em 1947, ali foi instalada uma colónia de férias, tirando partido da não utilização do equipamento para fins militares.
Mais tarde, em 1974, foi ali sediada a Associação Recreativa Forte Clube da Consolação numa tentativa de dar dinâmica àquela infraestrutura.
Em 1978, o Forte da Praia da Consolação foi classificado como Monumento Nacional, título que lhe confere a entrada no restrito grupo de património que pelas suas heranças históricas, artísticas ou sociais merecem este tipo de destaque e fazem dos mesmos verdadeiras atracções turísticas.
Localizado na praia da Consolação, pertencente à freguesia de Atouguia da Baleia, o Forte da Praia da Consolação insere-se num conjunto patrimonial desta freguesia que vale a pena visitar e onde estão incluídos também as ruínas do Castelo, o Cruzeiro, as várias igrejas e o Pelourinho, testemunhos importantes do passado e do legado de Atouguia da Baleia, outrora sede de concelho antes do crescimento e afirmação de Peniche como povoação central na zona.