Forte de Peniche

O Forte de Peniche, também conhecido como Praça-Forte de Peniche, está situado no antigo lugar da Ribeira d’Atouguia, um importante porto nacional e por isso alvo constante de ataques de corsários.

Foi D. João III quem promoveu a criação desta fortificação para defesa do local no século XVI, numa altura em que a sede de concelho, Atouguia da Baleia, começava a perder a sua posição de destaque e Peniche, em sentido contrário, começava a ganhar preponderância.

Ao Forte de Peniche juntar-se-iam no século seguinte mais dois fortes que no conjunto formariam o sistema defensivo da costa de Peniche – Forte da Praia da Consolação, em Atouguia da Baleia e o Forte de São João Baptista, nas Berlengas, e ainda a Muralha e as Portas.

O objectivo deste sistema defensivo era proteger Peniche, em primeira instância, e o território nacional, numa segunda fase, de ataque marítimos.

Construído com finalidades militares, o Forte de Peniche foi usado em vários momentos importantes da história militar nacional tendo sido remodelado e alargado em vários períodos de acordo com as exigências.

As mudanças…

No século XIX, altura em que começou a perder a sua função defensiva, o Forte de Peniche passou a desempenhar função de prisão, sendo também local de refúgio dos Boers (comunidade vinda da África do Sul e que teve na zona Oeste portuguesa uma significativa comunidade de refugiados).

Mais tarde, destacou-se como prisão politica de máxima segurança durante o Estado Novo, tendo como episódio mais mediático desse período a “fuga de Peniche” protagonizada por Álvaro Cunhal, entre muitos outros, logo no início do ano de 1960. Foi ainda palco de importantes episódios por altura da Revolução dos Cravos (1974).

O Forte de Peniche está actualmente classificado como Monumento Nacional e alberga o Museu Municipal de Peniche desde 1984, sendo o espaço museológico mais uma atracção que torna o forte num local de paragem obrigatória para quem visita Peniche.

Certamente não vais querer perder um local com tanta história!